Aconteceu aos verdadeiros
sábios o que se verifica com as espigas de trigo,
que se erguem orgulhosamente enquanto vazias e,
quando se enchem e amadurece o grão,
se inclinam e dobram humildemente.
Assim esses homens, depois de tudo terem experimentado,
sondado e nada haverem encontrado nesse amontoado considerável de coisas tão diversas,
renunciaram à sua presunção e reconheceram a sua insignificância.
(...) Quando perguntaram ao homem mais sábio que já existiu o que ele sabia,
ele respondeu que a única coisa que sabia era que nada sabia.
A sua resposta confirma o que se diz, ou seja,
que a mais vasta parcela do que sabemos é menor que a mais diminuta parcela do que ignoramos.
Em outras palavras, aquilo que pensamos saber é parte — e parte ínfima — da nossa ignorância.
que se erguem orgulhosamente enquanto vazias e,
quando se enchem e amadurece o grão,
se inclinam e dobram humildemente.
Assim esses homens, depois de tudo terem experimentado,
sondado e nada haverem encontrado nesse amontoado considerável de coisas tão diversas,
renunciaram à sua presunção e reconheceram a sua insignificância.
(...) Quando perguntaram ao homem mais sábio que já existiu o que ele sabia,
ele respondeu que a única coisa que sabia era que nada sabia.
A sua resposta confirma o que se diz, ou seja,
que a mais vasta parcela do que sabemos é menor que a mais diminuta parcela do que ignoramos.
Em outras palavras, aquilo que pensamos saber é parte — e parte ínfima — da nossa ignorância.
Michel
de Montaigne, in 'Ensaios'